terça-feira, 21 de julho de 2009

Das ausências

Tento não julgar ninguém, para não ser julgado. Um dos ditos que mais aprecio é "não sente em cima do seu rabo para falar sobre o dos outros". Mas não me venham justificar ausência com falta de tempo ou dinheiro.

Conheço quem está do outro lado do mundo e se mantém presente. E conheço quem está ao meu lado e ainda assim está mais ausente que nunca.

As pessoas têm de se dar conta que a vida, embora imprevisível, tem sempre os contornos que damos a ela. Por isso, odeio quando as pessoas simplesmente não assumem que estão ausentes e querem inventar mil desculpas.

Talvez que não assumam porque, no fundo, têm vergonha de dizer que são preguiçosas, ficaram presunçosas demais ou porque consideram que realmente não estão mais na mesma sintonia que você.

Falta-nos um pouco mais de honestidade.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Sem inspiração, eu twitto

Vai parecendo Twitter:

Sem novidades. Trabalhando em um ritmo mais tranquilo nos últimos dias.
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Precisando ler mais livros e mais periódicos.
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Sem inspiração alguma para escrever e querendo assistir a Harry Potter e o Enigma do Príncipe (foto). Alguém aí já assistiu? O que achou?

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Três vezes cinema

Ontem, dia de folga, fiz algo que não fazia desde os tempos da faculdade (credo, quando a gente começa a falar assim é porque está ficando velho!). Sem nada para fazer à tarde decidi ir para o cinema e acabei entrando na noite com uma sessão tripla.

O primeiro filme, Simonal - Niguém Sabe o Duro que Dei deu problema na projeção e, mais uma vez, fiquei sem ver (já virou novela). A única opção no mesmo horário - afinal eu não voltaria para casa depois de tudo - era o filme do Zac Efron, 17 Outra Vez. Um horror!

Mas pelo menos houve um crescente nas opções seguintes. Fiquei muito surpreso com a única opção (que eu já não tinha visto) no horário seguinte, A Garota Ideal. O cartaz deste filme o vende como como gato por lebre.

Explico: no cartaz parece um besteirol, quando na verdade é um drama bem escrito, atuado e dirigido. Meu irmão mais novo tinha assistido no dia anterior, como ele me contou depois, e fez essa opção pelo mesmo motivo: achou que era comédia besteirol, mesmo que depois tenha gostado ao se surpreender com o bom enredo.

Depois da surpresa, um bom filme que me haviam me recomendado: Caramelo (foto). O melhor do dia. Sabe quando um filme trata de temas comuns com tamanha inteligência e sutileza, que se torna uma grande obra? É o caso. Pena que saiu de cartaz, o que o não invalida como dica de um bom vídeo.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O diagnóstico

Bem, não sou especialista em teatro e nem em Shakespeare, mas não achei essa montagem de Hamlet grande coisa. As soluções cênicas são boas, o cenário é bem elaborado, a direção, inteligente e alguns atores se destacam em algumas cenas. Só. O conjunto da obra, porém, é fraco. Das opiniões que ouvi, divisões: houve quem achou razoável e quem odiou. O valor máximo que acho que vale: R$ 40, plateia inferior e R$ 20, superior. Nem um centavo a mais.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Cultura no Brasil ainda é assalto à mão desarmada

Hoje Erika e eu fomos, de maneira figurada, assaltados. Ela se saiu com uma pergunta totalmente válida: Quem Wagner Moura e seu staff estão pensando que ele é? Fernanda Montenegro?

Oitenta reais para uma peça de teatro?! Parece que sim, o moço acha que é Fernanda (aliás, há outros estrelismos que não vem ao caso), embora ainda tenha que comer muito arroz com feijão para chegar lá.

Depois ainda reclamam que não há espaço para a cultura no Brasil. Mas é claro, a pobre classe média, que teria possibilidades de engrossar as estatísticas dos espetáculos, vai ficando de fora com esses preços astronômicos.

E não venha me dizer que a produção é cara, porque isso não é verdade. É tudo uma questão de valorização de passe, como no futebol. Já fui a peças de boas produções (com globais no elenco) por até menos menos do que a metade desse preço.

E olhe que a maior especialista em Shakespeare no Brasil (a peça é Hamlet), Barbara Heliodora, não gostou e diz que a montagem não ficou à altura do autor inglês (leia crítica clicando aqui).