quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Delicadeza do samba

A delicadeza de Teresa Cristina, tanto como cantora quanto como entrevistada, merece um bis. A entrevista a seguir foi publicada orinalmente na versão impressa do jornal O Popular e no site www.opopular.com.br (na íntrega, como a reproduzo aqui) na última terça-feira, 21 de setembro de 2010.

ENTREVISTA/Teresa Cristina

"Devem ter sacudido uma roseira para cair tanta gente boa"

Simpática, atenciosa e ansiosa para conhecer Goiânia. Foi assim que Teresa Cristina se mostrou ao conversar com O Popular, de Salvador, onde esteve no último fim de semana apresentando seu novo show. Na entrevista, a cantora de timbre forte usado sempre de maneira delicada falou da retomada da carreira após um período de afastamento para ter sua primeira filha, Lorena, hoje com 1 ano e meio, e sobre seu processo de produção. A seguir, os principais trechos da conversa.

Você está trazendo o show de Melhor Assim. Qual é a dinâmica do show?
Esse é show de lançamento do CD e DVD, um trabalho em que além de gravar música de outros compositores, como sempre faço, estou mostrando mais meu lado autoral. Tem parcerias novas, com Arlindo Cruz, com Lula Queiroga, Edu Krieger e tem músicas que assino sozinha, músicas um pouco diferentes. É um show que gostei muito de fazer porque eu estava há muito tempo sem trabalhar já que parei para ter minha filha (Lorena), que agora está com um 1 ano e meio. Quando eu gravei esse show ela estava com somente 6 meses. De lá para cá, muita coisa aconteceu e para melhor. Estou gostando muito do rumo que esse show está tomando. Eu já comecei pelo DVD, ao invés de fazer CD, azeitar um show e aí gravar um DVD ao vivo, já gravei direto o DVD com as músicas inéditas, para tentar crescer para o outro lado. E gostei muito, porque as músicas novas têm tido muito boa aceitação.

O show de Goiânia vai além do disco?
Acho que este show tem de ser um pouquinho diferente, porque, como é a primeira vez que estou indo a Goiânia, vou cantar para algumas pessoas que conhecem meu trabalho, mas acredito que a maioria vai conhecê-lo neste show. Quero botar músicas de outros CDs, cantar um pouco mais de Paulinho da Viola e outros cantores que gosto, como Cartola, Nelson Cavaquinho, Chico Buarque. Idealizo um show bem aberto, mesmo sendo de lançamento, de músicas novas, para tentar fazer um pequeno retrato do que é meu trabalho, do que sou eu. E fico muito feliz de ser no câmpus da universidade, embora eu seja uma universitária relapsa que está com a matrícula trancada.

Que curso está fazendo?
Letras e Literatura Brasileira. Estou no sexto período. Com essa coisa de shows e agenda fui trancando e agora nem sei se vou conseguir voltar mais. Sinto muita falta da universidade, da sala de aula. Às vezes sinto que dou uma emburrecida. Quando fico muito tempo sem estudar, é porque estou trabalhando muito e fico sem tempo até para ler.

Você tem viajado bastante. Como você consegue conciliar todos os shows com o fato de ter se tornado mãe tão recentemente?
O melhor que poderia ter me acontecido foi ter voltado para a casa da minha mãe, depois de ficar grávida (a cantora deixou de viver em Copacabana, para voltar a viver em seu bairro de origem, a Vila da Penha, zona norte do Rio). Lorena nasceu na Vila da Penha. Foi muito importante para mim reencontrar minha casa, onde eu nasci, reencontrar o subúrbio do Rio de Janeiro. As realidades entre a zona sul e o subúrbio, na zona norte, são muito distintas. A Lorena nasceu no meio da minha família e, quando estou viajando, fica com a minha mãe e minha irmã. Isso me deixa tranquila. É claro que a saudade é absurda. Fico ligando durante o dia e às vezes até paro um pouco de ligar porque sinto que não tem necessidade de ficar deixando minha mãe preocupada. Mas a volta é sempre uma festa, uma alegria que vou ter minha inteira.

A volta para o bairro onde nasceu é algo que também mexe com seu lado criativo? A vivência e o ambiente são fonte de inspiração para você?
Claro. Algumas músicas desse trabalho novo, como Capitão do Mato, Lembrança, Guardo em Mim, são músicas que fiz já na Vila da Penha e no meio de uma correria em que nunca imaginei que pudesse criar. Eu lembro que, em Capitão do Mato, eu estava indo comprar um daqueles frangos de padaria, que a gente adora, em um domingo. Para chegar à padaria, eu tinha de subir uma ladeira e depois descer. Eu subi e desci e quando cheguei à padaria já tinha pensado na música e estava cantando. Quando voltei para casa com o frango, a música já estava pronta. Fiquei muito preocupada com essa coisa de estar sempre com a Lorena, quando estou em casa, e fiquei pensando "Caramba! esse momento, eu sozinha, de madrugada, tomando minha Coca-Cola, como gosto, não vai ter mais!" (risos). Mas a música é tão sagrada, que ela vai por outro caminho.

Seus insights são sempre assim: vêm quando você está vivendo seu cotidiano ou você tem de sentar e se concentrar para produzir?
Às vezes, busco esse momento sim. Quando estou pensando muito em uma coisa, um assunto - daqueles que você vê em um filme ou ouve em uma música -, gosto de sentar para jogar alguma coisa no papel e assim entender o que estou sentindo. É claro que é difícil uma música chegar assim e ficar pronta. Mas é o início de um trabalho. Eu tenho muitas ideias durante o dia e às vezes não é quando estou sentada com um bloco na mão escrevendo. Tenho vergonha de estar no meio da rua e começar a escrever e aí alguém falar "olha lá a compositora" (risos). Às vezes perco algumas coisas, uma ideia, algo que vi ou falei. Meu sonho é ser como um Paulo César Pinheiro ou um Roque Ferreira que senta para compor e compõe todo dia! Ainda estou um pouquinho longe disso (risos).

Qual são seus ícones, em que você mais se inspira?
Vou dar uma resposta politicamente correta, mas é mais pura verdade. Meu ideal é o colorido atual, do que já tem. Tem muita gente boa misturada. Eu pelo menos me divido em momentos, fases. Tem dias que ouço mais alguém. Uma Elizeth Cardoso, Paulinho da Viola, Clementina de Jesus, Candeia, Cartola, Nelson Cavaquinho, Cristina Buarque, Clara Nunes, Ataulfo Alves, Zé da Zilda, Noel Rosa, Dona Ivone Lara. É muita coisa, muita gente. Eu acho que o samba tem uma nobreza, uma capacidade de reunir pérolas, que não tem como parar para se debruçar sobre a obra de um só. Além disso, tem as cantoras que cantam esses sambas e que me inspiram muito. Tenho sempre minhas prediletas, mesmo que momentâneas.

Você também busca fontes fora do universo do samba?
Sempre. Eu ouço de tudo. Há, inclusive, informações que capto, mas não uso na minha música, porque acho que não casa ou não combina. Van Halen (banda de hard rock americana, formada na década de 70), que eu ouvia quando era adolescente, é um exemplo. Fui ouvir de novo dias desses e adorei. Um disco lindo, com arranjos lindos, com músicas em uma perspectiva completamente diferente do que eu faço. Mas isso influencia de algum modo.

Existe um público jovem muito interessado novamente no samba, um público em fase de renovação. Você percebe isso também?
Percebo já há bastante tempo, inclusive. Na época da minha adolescência, basicamente para ser antenado, era preciso conhecer de música estrangeira, rock ou heavy metal. Eu achava que era metaleira (risos). E tinha uma música pop muito forte, com Michael Jackson, Diana Ross. Era bem americano, sempre. Aí vejo que começou a acontecer outra coisa. Quando a gente começou a cantar na Lapa, foi incrível ver um garoto de 13 anos querendo tocar cavaquinho. A primeira vez que vi isso fiquei muito emocionada. Esse garoto já estava na idade de querer botar uma camiseta preta, querendo tocar rock. Não é que o rock tenha perdido espaço. Quem gostava de rock, continua gostando, mas agora também conhece música brasileira. Tem coisa que a gente ouve e tem um efeito tão grande, que a gente não consegue não ouvir mais. Fico imaginando que isso acontece com essa garotada nova. Gente que tem ouvido pela primeira vez a obra de Pixinguinha, Cartola, Noel Rosa. Estou falando isso depois de ver aquele prêmio da MTV, o VMB (Video Music Brasil), um prêmio jovem. Tenho esperança com essa juventude que, além da música que é imposta, aprendeu a consumir música boa.

No Twitter você chegou a comentar sobre a decepção com alguns resultados do VMB. Essa coisa fabricada da indústria a incomoda?
Ah, fico enlouquecida no Twitter, uma ferramenta nova para mim. Acho até que falo demais (risos). Mas em relação ao que você falou, não chega a incomodar não. Só acho que é uma coisa muito monocórdica. Fica tudo igual, uma tendência só de figurino, cabelo, jeito de falar e cantar, uma música só. Não existe mais pluralidade no que a mídia quer vender para a juventude. E acho que deve ser ao contrário. A juventude é um momento da nossa vida em que devemos tentar de tudo. A gente quer o mundo. Eu queria abraçar o mundo com as minhas mãos. Não dá para se prender a um padrão só. Às vezes acho tudo isso engraçado, fico irritada e acho chato até. Vi pouco do prêmio, mas para mim o ponto alto foi quando - olha só a que ponto chegamos - entrou o encerramento com o Gaiola das Cabeçudas, com o Marcelo Adnet, que adoro, cantando com a aquela mulher transformer (refere-se à funkeira Valeska, que junto com Adnet faz um funk bem-humorado que teria "letras intelectuais").

Falando de Twitter também, outra faceta sua que você mostra bastante por lá é seu gosto pelo futebol. É uma grande paixão?
Arrebatadora. E não compro essa ideia de que futebol é ópio do povo. Se fosse, eu gostaria de morrer desse vício. Os jogos me ajudam a desestressar dos shows. Desligo um pouco a cabeça. Mas futebol para mim também já ultrapassou o esporte. Eu consigo ver no futebol exemplos para a vida. Não sou expert, não entendo de tática. Tenho uma visão mais romântica. Mas acho o futebol uma metáfora perfeita da vida. O que um time precisa para ganhar? Qual o segredo de um bom time? Com um bom planejamento você pode fazer gols, mas tem uma coisa que acho linda no futebol é que você pode ter bom ataque, boa defesa, bom meio de campo, bom técnico, o time jogando certinho, que mesmo assim a bola não entra e você perde para um time ruim. Isso é a vida.

Você é perfeccionista?
Não. Sou enrolada. Sou muito ansiosa. É o melhor adjetivo para mim. E na hora do planejamento a ansiedade bagunça. Não consigo ser metódica, porque a ansiedade atropela as coisas. Às vezes atrapalha até coisas que são fáceis de resolver. O que acontece é que estou ficando mais velha e minha ansiedade está diminuindo. À medida que diminui a ansiedade, consigo ver as coisas melhor. E a maternidade me trouxe isso também. Tenho que estar bem para fazer bem meu trabalho. Tenho que ser bem-sucedida no que eu faço, porque preciso fazer um mundo melhor para a minha filha. Fazendo isso descubro também que é uma coisa que minha mãe sempre quis para mim. Completa um ciclo. Além disso, consigo forças para vencer a minha timidez, para encarar as pessoas, para tentar me divertir um pouco mais no palco, tentar fazer aquela uma hora e meia com o público algo da melhor forma possível, extraindo alegria das pessoas.

Sua carreira está em um momento muito bom, assim como de muitas outras cantoras. O espaço para a mulher intérprete está muito maior. Como analisa isso?
Que bom que isso está acontecendo. Quando comecei a cantar, no final da década de 90, os textos diziam muito assim: "uma cantora nova!". Hoje o termo não é tanto motivo de destaque, porque existem muitas cantoras novas boas. Veja o exemplo da Tulipa Ruiz, um furacão! A conheci em um show no Bailinho (casa de shows), lá no Rio. É uma grande cantora e compositora. A Karina Buhr, minha grande parceira, Ana Cañas, Roberta Sá, Mariani de Castro, Ana Costa, Letícia Novaes, todas são. Acho que devem ter sacudido uma grande roseira para fazer cair tanta gente boa. E acredito que isso também vai dar uma sacudida entre os compositores, para que façam mais músicas para que elas cantem.

Crédito da foto: Washington Possato

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Como dar entrevistas - Para famosos e sub-famosos

Essa é para você, caro artista, pessoa pública, celebridade e sub-celebridade, que acha que sabe tudo sobre dar entrevista. Em alguns anos de jornalismo, percebi que a maioria de vocês já se acha muito esperta na hora de responder perguntas de profissionais da imprensa, mas na verdade faz tudo errado. Por isso, faço a gentileza de dar dez valiosas dicas sobre como se portar diante de um jornalista profissional:

1 - Você não é tão importante quanto imagina
Quando for solicitado para uma entrevista, diga logo se vai ou não concedê-la. Não amasse barro, não enrole, não crie expectativas e muito menos mande a assessoria enrolar. Mas não se esqueça: outra pessoa, outra notícia vai preencher um espaço que poderia ser seu.

2 - Seja humilde
Mesmo sendo a Madonna, se você for antipático, de alguma forma vai receber o troco. Vai ganhar uma linha irônica, não vai receber tratamento de foto ou imagem (ou a imagem escolhida não vai lhe beneficiar tanto...) ou, o que é pior, corre o risco de ser retratado no texto da maneira como demonstrou ser: uma pessoa desprezível.

3 - Não mande o jornalista fazer o dever de casa
Se o jornalista for profissional, ele já terá feito isso. Agora, se ele está lhe perguntando algo que já lhe foi perguntado milhares de vezes é porque prefere checar a informação com você do que confiar na duvidosa Wikipedia. Ou você quer que escrevam que você tem 45 anos quando tem 38 anos?

4 - Não atenda o jornalista com má vontade
O risco de ser levado por uma entrevista que não lhe favorece é muito maior. Não esqueça que se você for uma pessoa já conhecida poderá decepcionar o jornalista e assim criar nele, um mediador considerável entre você e o público, uma antipatia difícil de desfazer depois.

5 - Aceite sua idade, baby
Se você é da velha guarda, entenda que perguntas comparando gerações sempre virão. Você pode respondê-las com naturalidade e até com uma certa soberba jocosa para se sair bem. Se não quer responder, saia pela tangente. Geralmente quando o jornalista faz uma pergunta do tipo, está esperando uma lição sábia de quem fez algo melhor no passado.

6 - Entenda que você precisa de mídia e mediadores
Sem eles você não é ninguém. Não vá achando que porque agora tem uma conta no Facebook, no Twitter ou um blog e lida diretamente com o público, está abafando. Diante da credibilidade de um jornalista, se mal retratado, você pode perder muitos pontos com seu público...

7 - Não minta
As fontes, as possibilidades de checagem sobre o que você falou são cada vez maiores. Vivemos a sociedade da informação. A internet é fonte inesgotável de checagem e, do outro lado, pode ser um veículo de rápida e destrutiva propagação da sua mentira. O estrago pode ser maior do que pensa.

8 - Não faça tanta graça
Você não tão engraçado quanto pensa que é. Nem se for o Woody Allen. Dependendo da situação, seu humorzinho sórdido pode gerar mal entendidos. Brinque quando puder e fale muito sério quando for solicitado.

9 - Entrevista por e-mail não existe
Não vá achando que dar entrevista por e-mail é mais prático. Primeiro porque se não há interação, não há entrevista. Neste caso há somente um questionário e jornalista não gosta de se portar como um recenseador. Depois, porque achar que você está se resguardando de ter sua fala deturpada é ilusão. Por escrito, as coisas tomam outra proporção e a chance ter sua fala mal usada, fora do contexto, é maior. Se achou prejudicado depois de fazer tudo certo? É para isso que existem processos por calúnia, difamação e adjacentes.

10 - Não seja irônico ou queira humilhar o jornalista
Se o jornalista for foca (iniciante), ele pode até não perceber ou simplesmente relevar (embora um dia a ficha possa cair e você se dar mal). Depois não vá se perguntar o que fez para cair nas garras da imprensa marrom... Além disso, não esqueça: sua carreira não é eterna. Hoje pode estar por cima e amanhã, por baixo. Com certeza receberá o troco.

domingo, 18 de abril de 2010

Dicas para políticos e assessores ao usarem Twitter

Se você é político ou assessor de político este post lhe será de grande ajuda no que se refere ao Twitter. Tenho visto muito amadorismo por aí.

A gafe mais comum é perceber que o político ou assessor (aliás, assessores na maioria são os verdadeiros tuiteiros) começa a lhe seguir para que você retribua. Mas se você não o segue, recebe unfollow.

Como muita gente consegue saber quem deu unfollow por meio das centenas de programinhas espalhados por aí, isso pega mal. Muito mal.


Por isso, aprenda a aproveitar as seguintes e valiosas dicas de Sueli Bacelar:

Fonte: Sueli Bacelar - Tecnologia, Internet e Marketing Digital (http://suelibacelar.blogspot.com)

Em geral, o perfil do twitter está sendo usado para monólogo e não para interagir, e é o que se espera da presença em uma rede social: INTERAÇÃO. As possibilidades de linkar para vídeo, fotos, não estão sendo usadas. Então segue dicas para um bom uso do twitter por políticos:

1) Perfil: Use somente seu nome ou apelido conhecido para compor o perfil, não use a sigla do partido e nem a abreviação do cargo que ocupa ou que já ocupou. O nome do perfil deve ser único por toda a vida, jamais ser mudado, senão o trabalho terá que ser completamente refeito.

2) Biografia: Aproveite a oportunidade para mostrar quem é você além da política. Cite a profissão, por exemplo. Especifique qual a sua vinculação partidária. O cargo que ocupa, e se for o caso o número de mandatos.

3) Localização: Informe a cidade e o estado a que pertence.

4) Layout: Coloque uma foto de qualidade e personalize o background (fundo).

5) Use conteúdo Relevante:
5.1) Divulgue sua plataforma eleitoral - Seus twits devem demonstrar a sua plataforma eleitoral, não se contradiga;
5.2) Publique no Youtube vídeos, e faça referência em seus twits;
5.3) Informe sua agenda e os acontecimentos relevantes;
5.4) Faça referência a notícias de fontes oficiais(jornais, revistas, etc.) que são relevantes ao pleito ou a sua plataforma eleitoral;
5.5) Dê publicidade ao trabalho realizado durante o mandato;
5.6) Publique cobertura fotográfica do evento em que participou.

6) Interaja:
6.1) Encaminhe Direct Mensagens de agradecimento a seus seguidores;
6.2) Responda, sempre que possível, aos questionamentos quando forem feitos; mas cuidado com a resposta, para que não seja usada contra você;
6.3) Siga e permita ser seguido;
6.4) Saiba quando e porque usar #hashtags;
6.5) Sempre que possível cite @perfis;
6.6) Participe das campanhas, como o #followfriday, para indicar perfis relevantes ao seu; como perfis de partidos, de candidatos do mesmo partido ou de quem você apóia, ou mesmo relacionado a sua plataforma política.

7)Seja Transparente:
7.1) Se são assessores que estão fazendo o trabalho no twitter, deixe claro; isso não é um problema!

8)Divulgue seu perfil:
8.1) Em site ou blog;
8.2) Em mídia off: no programa eleitoral gratuito, na plotagem do carro, em material impresso;
8.3) Em sites ou perfis de partidos, etc;
8.4) Siga o perfil @twiticos;
8.5) Siga pessoas de sua área eleitoral.

9) Monitore sua presença:
9.1) Faça análise de estatísticas do seu perfil e de seus twits.

10) Cuidados:
10.1) Fique atento à Lei nº 12034 de 29/09/2009.
10.2) Fique atento ao que falam de você, fazendo pesquisas regularmente.

segunda-feira, 29 de março de 2010

A vitória dos vilões no BBB 10

Há algo de podre no reino da Dinarmarca. É inegável que o Big Brother Brasil mudou muito de perfil na edição deste ano, em grande parte pela adesão em massa dos internautas tuiteiros nas votações.

Mas este grupão, que ganhou ainda mais força por causa da mudança no peso do voto pela internet, revelou enfim sua face: eles preferem os vilões do que os mocinhos.

É o sinal de uma geração. Eu particularmente nunca gostei de mocinhos da ficção porque eles são chatos pra danar. Mas, gostar de Dourado e companhia, talvez seja um pouco demais.

No Big Brother, não dá para dizer quem é 100% vilão ou 100% mocinho, mas sempre é possível perceber perfis voltados para serem os bonzinhos e os mauzinhos.

E os donos do perfil de mauzinhos chegaram mais longe e nesta terça é possível que o líder deles chegue ao R$ 1,5 milhão: Dourado, um brucutu misógino, homofóbico e preconceituso desinformado (para quem não sabe ele disse que mulher não pega aids de homem).

E não me venha com essa história de que ele é autêntico. Ele é um resumo do que um grande grupo pensa. Uma lástima. Estamos diante da valorização do "vilanismo" que foge do politicamente correto.

Nesta edição, assim como na do ano passado, já não estou torcendo mais para ninguém.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Vencedores do Oscar 2010

Uma ótima surpresa! As tias velhas de Hollywood sucumbiram ao lobby de um produtor pró-Guerra a Terror (foto) e esnobaram Avatar, uma baboseira tecnológica. Dando mais estatuetas ao filme de Kathryn Bigelow, incluindo as principais - melhor diretora, melhor filme e melhor roteiro original - a academia da indústria redimiu a injustiça que cometeu no passado quando deram o prêmio de melhor filme para o sem graça Quem Quer Ser Um Milionário deixando O Curioso Caso de Benjamim Button sem o devido reconhecimento.

Entre os atores nada de surpresa. E ainda bem. Tirando o trabalho de Sandra Bullock, que ainda preciso ver para crer, todos os outros atores merecem cada graminha do ouro folheado na estatueta. Dentre minhas aposta em 24 categorias apresentandas na noite de ontem, acertei 10, todos nas principais categorias, uma margem de 42% de acerto. Eis os vencedores, com um * nas categorias que acertei (clique aqui para ver todos os indicados):

Melhor Filme
Guerra Ao Terror

Melhor Diretor
Kathryn Bigelow* - Guerra ao Terror

Melhor Ator
Jeff Bridges* - Coração Louco

Ator Coadjuvante
Christoph Waltz* - Bastardos Inglórios

Melhor Atriz
Sandra Bullock* - Um Sonho Possível

Melhor Atriz Coadjuvante
Mo'Nique* - Preciosa - Uma História de Esperança

Melhor Roteiro Adaptado
Preciosa - Uma História de Esperança*

Melhor Roteiro Original
Guerra ao Terror*

Melhor Animação Longa-Metragem
Up – Altas Aventuras*

Melhor Animação Curta-Metragem
Logorama

Melhor Filme Estrangeiro
O Segredo de Seus Olhos

Melhor Documentário Longa-Metragem
The Cove

Melhor Documentário Curta-Metragem
Music by Prudence

Melhor Curta-Metragem
The New Tenants

Melhor Direção de Arte
Avatar

Melhor Fotografia
Avatar

Melhor Figurino
The Young Victoria

Melhor Montagem
Guerra ao Terror

Melhor Trilha Sonora Original
Up – Altas Aventuras

Melhor Canção Original
"The Weary Kind" – Coração Louco

Melhor Edição de Som
Guerra ao Terror

Melhor Mixagem de Som
Guerra ao Terror

Melhores Efeitos Especiais
Avatar*

Melhor Maquiagem
Star Trek*

sábado, 6 de março de 2010

Minhas apostas para o Oscar

Vamos ver qual é a percentagem de acerto. O ganhador da noite, claro, será Avatar (foto), provavelmente com seis estatuetas, das nove indicações, embora vá brigar com certa folga com Guerra ao Terror (veja todos os indicados clicando aqui).

Melhor Filme
Avatar

Melhor Diretor
Kathryn Bigelow - Guerra ao Terror

Melhor Ator
Jeff Bridges - Coração Louco

Ator Coadjuvante
Christoph Waltz - Bastardos Inglórios

Melhor Atriz
Sandra Bullock - Um Sonho Possível

Melhor Atriz Coadjuvante
Mo'Nique - Preciosa - Uma História de Esperança

Melhor Roteiro Adaptado
Preciosa - Uma História de Esperança

Melhor Roteiro Original

Guerra ao Terror

Melhor Animação Longa-Metragem
Up - Altas Aventuras

Melhor Animação Curta-Metragem
The Lady and the Reaper (La Dama e la Muerte)

Melhor Filme Estrangeiro
A Fita Branca

Melhor Documentário Longa-Metragem

The Most Dangerous Man In America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers

Melhor Documentário Curta-Metragem
The Last Campaign of Governos Booth Gardner

Melhor Curta-Metragem
Miracle Fish

Melhor Direção de Arte
O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus

Melhor Fotografia
A Fita Branca

Melhor Figurino
Coco Antes de Chanel

Melhor Montagem

Avatar

Melhor Trilha Sonora Original

Avatar

Melhor Canção Original
"Down in New Orleans" - A Princesa e o Sapo

Melhor Edição de Som
Avatar

Melhor Mixagem de Som
Avatar

Melhores Efeitos Especiais
Avatar

Melhor Maquiagem
Star Trek