Hoje posso dizer que me encontrei sendo jornalista da área cultural. Durante a faculdade tinha preconceito contra profissionais que cobriam cultura, caindo na mesmice de achar trabalho fácil, como até hoje acham alguns profissionais...
Obviamente depois que passei a trabalhar na editoria saquei que este tipo de jornalista trabalha tanto quanto em qualquer outra. Na maior parte das vezes uma matéria em segundo caderno consome a mesma energia que um repórter de Cidades, por exemplo, gasta para fazer uma matéria especial. Como factual em cultura é mais raro, a informação tem de ser "cavada".
A parte boa é que viaja mais que o normal das outras editorias. Nestas horas é que eu adoro ainda mais a área. E mesmo que a futilidade esteja presente em algumas coberturas, sem me acrescentar em nada como pessoa, me divirto muito.
Na semana passada cobri o Prêmio Tim de Música no Rio de Janeiro. Nunca vi tanto global debaixo do mesmo teto. Não que me importe muito (depois que conheci minha primeira celebridade, elas perderam o brilho), mas ainda perco o fôlego ao subir de elevador com Fernanda Montenegro ou sentir o perfume de Camila Pitanga – com todo respeito. E rio muito com as intrigras que a mídia "especializada" que cobre celebridades provoca:
– Alcione, o que você achou da briga entre a Luana Piovani e o Caetano Veloso?
– Mas o que aconteceu?
– Ela chamou ele de "banana de pijama".
Marrom pensa um pouco e responde:
– Ela tem de lavar a boca para falar dele.
Ha, ha, ha, ha. E mais uma briga via imprensa estava instalada.
Na foto, um flagra da calcinha de Luma que presenciei.
O cabelo
Há 2 anos