segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

Peripécias de um recém adulto – Parte 1

Era cedo. Ele já estava acostumado a acordar cedo, mas não tanto. O problema era que daquela vez era preciso. A vassoura da vizinha ainda não fazia o barulho familiar. O raspar das folhas secas do buriti no cimento grosso da calçada o fazia lembrar da infância. Tempos bons aqueles – de manhã a mãe lhe preparava um copo quente de leite e em seguida ia para a porta limpar a calçada das folhas secas caídas durante a noite. A única preocupação era qual seria a primeira brincadeira do dia. Mas agora era diferente. A preocupação era qual problema resolver primeiro. Tempos incertos vinham pela frente e o fôlego teria que ser grande. Quantas vezes ele repetiria aquele ritual? Que caminho seria necessário para conseguir o queria? Deu uma profunda inspirada e sentiu o ar fresco da madrugada ainda presente. Alguns pássaros mais precavidos já cantavam, sinalizando a procura pela primeira refeição do dia. Isso. Aquilo tudo que fazia era por precaução. Como dizia a avó, "Deus ajuda que cedo madruga". Bem, assim esperava. Tinha um longo dia pela frente...

CONTINUA

3 comentários:

Eduardo Sartorato disse...

Hummmm.... É estranho que eu sempre gostei da manhã, mas nunca tive disposição de acordar cedo por vontade própria, ehehehehe!! Talvez porque eu goste mais da noite. Mas eu gosto da manhã tb. Ahhhh, se fosse por mim eu nem dormia!! Mas, pera lá!! Eu adoro dormir!! Mas que paradoxo sem fim, hein?? ehehehehe!!

abração!!

Fellipe Fernandes disse...

Tá prometendo, hein.... a minha única dúvida é: como será o personagem? a única informação que vc nos deu até agora é de que é um homem ainda criança... Ah! ainda tem a garra para outra parte: o que será que vai ocorrer? rsrsrsrs quero ver logo... escreve logo! abração

Anônimo disse...

Isso deveria se chamar:A crônica do escravizado. Tô te sacando!..hhehehehe. Tem que acordar é cedo mesmo! beijitos!!!