segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Nasci no ano em que mais nasceu gente

1984. Nasci no ano em que a curva de todas as estatísticas populacionais chegou ao cume. Foi o ano em que mais nasceram bebês no Brasil – depois disso veio a derrocada da linha que mede nascimentos, começando a traçar o perfil de um País mais moderno (risos), enxuto, de famílias menores.

Eu, porém, não consigo parar de pensar que vou ter de conviver com esse fato a vida toda. Serei da turma que, pela lógica, em questões numéricas absolutas, vai ter enfrentado ao maior concorrência no vestibular (se a oferta de vagas não acompanhou a demanda).

Serei também da turma que terá menos espaço no trânsito abarrotado das ruas das grandes cidades. Serei mais anônimo ainda, já que tem mais gente querendo aparecer. Enfrentarei as maiores concorrências nas filas de bancos, cinemas, lojas, supermercados voltadas ao meu perfil – seja em que idade estiver.

E, talvez, o pior de tudo: se a Previdência Social não quebrar e ainda existir – terei a aposentadoria mais micha da história, proporcionalmente. A lógica idiota da seguridade social brasileira é de que quem trabalha paga a aposentadoria de quem chegou à inatividade.

Quando chegar minha vez, serão mais velhos parados do que jovens trabalhando. O cenário fica mais desanimador se levarmos em conta que, por isso, vão jogar a idade mínima de se aposentar às alturas. Imagine ter que trabalhar no mínimo até os 85 anos para se aposentar? Não foi à toa que fiz uma previdência privada, que funciona com uma espécie de poupança.

Às vezes fico pensando se há alguma vantagem em ter estar na faixa etária mais grossa da população. Talvez seja pela contaminação de uma visão pessimista nos últimos dias, mas até agora não consegui enxergar nada de bom. Será que alguém aí pode me dar um bom motivo?

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O exemplo do Cordel na rede

Muitos se ofenderam. É incrível como encaram coisas como religião. Mas, enfim, faz parte da vida. Alguns, felizmente, aproveitam a situação para raciocinar e fizeram ótimas observações. Para provocar mais e sugerir especialmente a quem não entendeu a crítica construtiva, aqui vai excelente matéria da Gazeta Mercantil, caderno Fim de Semana (1º de agosto), sobre uso inteligente da net. Espero que quem "escreve baboseira", como eu, também goste de ler, como eu: O Cordel Caiu na Rede (quem não é assinante clique aqui).

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Você sabe o que é um twitter?

A primeira vez que ouvi o termo twitter - citado por algum ciberfanático que fala como se palavra significasse "mão" - fui pesquisar para saber o que era.

Sempre admirei pessoas que são antenadas com esses negócios da rede mundial e que se envolvem e desvendam as teias da informática.

Mas acho que, por enquanto, as coisas têm limite. Digo porque, primeiro, em nenhum lugar apontado pelo Santo Google, eu consegui uma explicação satisfatória do que seria twitter.

Você aí, antenado, já deve estar pensado : "Mas que topeira!". É isso mesmo. Mas aí fiquei muito surpreso quando descobri que o twitter na verdade serve para nada. Assim como o blog não serviu durante muito tempo (hoje tem até gente que ganha dinheiro com ele).

Se você está do meu lado e não sabe o que é um twitter, explico o que descobri depois: é uma espécie de página pessoal em que você deve ficar, de preferência, conectado o maior tempo possível e com o maior número de pessoas descrevendo o que está fazendo naquele momento.

É bem confuso, mas em resumo quer dizer: serve para coisa nenhuma. Apesar disso, algum dia alguém vai argumentar (com certa razão) que serve para algo. Assim como foi com o controle remoto e assim como foi com o blog, coisas que (pecado dos pecados! Oh, Santo Agostinho não me deixe sem!) são "essenciais".

Eu, claro, não fiz uma conta no twitter e devo demorar. É que sou sem personalidade cibernética mesmo. Só entro nessas ondas quando estou muito peixe fora d'água. Ninguém é de ferro, caro leitor. Mas por enquanto, se é para escrever baboseira para o mundo ler, ainda prefiro fazer isso no meu blog.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Eleições





Que venham as eleições! Logo, pelo amor de Deus.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Estoy aburrido

Ninguém merece! Realmente tem muita gente esquisita que se acha. Na última semana cruzei com zilhares de exemplos. De políticos, passando por conhecidos, colegas, até desconhecidos.

O cara acha que só porque entende de vinhos é grande coisa. Enochato! A idiota pensa que vai salvar o mundo da catástrofe ambiental só com o discurso. Ecochata! A outra acha que está ajudando, mesmo gritanto comigo. Vai pastar, projeto de bovina!

Tem até gente que acha é jornalista! Pena que a gente não pode dizer tudo o que quer. Até porque o ditado é verdadeiro: "Quem diz o que quer, escutar o que não quer!". Mas se eu pudesse, tinha muita gente chorando até agora...

Dias desses estava trabalhando muito e reforçei para mim mesmo que o verdadeiro sentido do trabalho é o dinheiro mesmo. Só assim continuei. Se dependesse de volume de coisas para fazer, para se "sentir realizado", já estaria distribuindo realização de graça. Quer um pouco?

E a classe dos pseudo-poetas? Escrever é muito mais do que fazer jogos de palavras. Não adianta só rimar flor com dor. Credo, sai daqui mediocridade!

E deixa eu ir, que eu estou achando tudo chato hoje, até eu mesmo.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Marta não pode mais relaxar e gozar

Até ontem, dois anos depois, Marta Suplicy (foto) ainda estava "relaxando e gozando" no programa do horário eleitoral gratuito do Paulo Maluf, em São Paulo. Agora ela não pode mais. Um juiz proibiu o homem que diz que fez tudo na principal capital do País de usar a frase nababesca da candidata do PT, quando era Ministra do Turismo e não tinha medo de aeroporto em dias de caos aéreo.

Ainda cabe recurso ao TRE. Segundo o juiz, o problema não é a referência em si da frase, que ficou notória, mas a forma como Maluf a utilizou. Conforme o magistrado, aparentemente a imagem de Marta proferindo frase fora do contexto apresentado pela publicidade se afasta dos "primados legais da propaganda eleitoral".

Se eu fosse ele, não teria proibido nada não. Teria obrigado Marta a colocar no programa dela aquela frase do Maluf: "Se o Pitta não for um bom prefeito, nunca mais vote em mim."

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Uma vitória sobre a Vivo, ops! sobre as operadoras de celular

"Ah, Ah, Ah, mas eu tô rindo à toa". A melhor notícia do dia: a entrada em vigor da portabilidade numérica nos celulares. Há anos venho brigando com minha operadora de celular para fazer uma coisa simples, que sempre julguei ter direito: manter o mesmo número, mudando entre pós-pago e pré-pago, ou vice-e-versa. Já tive brigas homéricas com atendentes por conta disso.

Agora o meu desejo virou uma ordem. Da Anatel. E de forma mais abrangente. Explico: a possibilidade de trocar de operadora de telefone e manter o número começa a partir de hoje para os DDDs 62, em Goiás, 27, no Espírito Santo, 37, em Minas Gerais, 43, no Paraná, 67, no Mato Grosso do Sul e 86, no Piauí. A opção inclui também a mudança entre pós e pré, dentro da mesma operadora.

A portabilidade estará disponível também para para os moradores de Avaré, Bauru, Lins e Marília (DDD 14) e Barretos, Catanduva, Santa Rita D'Oeste, São José do Rio Preto (DDD 17), em São Paulo. Para o restante do país, o serviço será implementado até fevereiro de 2009.

Como mudar - A primeira etapa inclui 16 milhões de clientes. A mudança terá custo de R$ 4. Para ter acesso à portabilidade, o consumidor não precisará nem sequer falar com a sua operadora atual (ah, ah, ah, mas eu tô rindo à toa). Ele deverá procurar a nova operadora, para a qual quer migrar, e apresentar o pedido, além de documentos pessoais. A regra vale mesmo para consumidores que têm contrato de fidelidade (é preciso pagar a multa prevista, no entanto).

Será possível fazer o mesmo com a telefonia fixa, dentro de uma área para ligações locais. Mas não será possível transferir o número fixo para o móvel. No futuro, a expectativa é de que se possa fazer a portabilidade completa, entre todos os Estados e tipos de telefone.