sábado, 30 de maio de 2009

Quem sou eu e por que escolhi o jornalismo como profissão

Adoro ser jornalista. Mas em quatro anos de carreira mudei muito minha opinião sobre o Jornalismo, sobre o que é ser jornalista e sobre quem sou eu. Hoje já não posso mais ser considerado um foca na concepção pura do jargão, embora ainda eu tenha a impressão de que as pessoas (incluindo fontes e chefes) continuem a me enxergar assim.

Sei que melhorei bastante, modéstia à parte. Meu texto está infinitamente melhor, embora, reconheça, ainda precise amadurecer bastante. Hoje consigo ver o que a imaturidade obstruiu e no futuro é provável que ache meu texto de hoje muito medíocre. Provavelmente serei sempre insatisfeito.

Também aprendi a apurar melhor as informações e, por isso, estipulei automaticamente que a qualidade do meu trabalho é diretamente proporcional aos estímulos externos (reconhecimento e remuneração, especialmente). Antes não era assim.

Pesquisando no Google Analytics, decobri que uma das minhas páginas mais visitadas neste blog é um post criado há três anos, em que publiquei o texto "Quem Sou Eu e Por Que Escolhi o Jornalismo Como Profissão". Com ele fui selecionado para a entrevista do Curso Abril de Jornalismo. Fiquei envergonhado quando reli o texto e não pude evitar uma reedição que você pode ler, se houver paciência, clicando aqui. Além disso, reeditando o texto, cheguei ainda a outras conclusões:

QUE só se mudam coisas com jornalismo, se você estiver em um grande veículo
QUE você só se torna um bom jornalista reconhecido, se for carreirista (isso fica difícil dependendo de sua personalidade)
QUE respeito jornalístico cresce com a idade, mesmo que você seja bom bem antes de se tornar um senhor de média idade (essa conclusão vem de observações e não de mim mesmo)
QUE se você não souber seguir a conclusão acima vai ser considerado um cara das antigas, ultrapassado, e provavelmente fracassado
QUE ou você é jornalista na melhor concepção do termo ou se torna gestor de empresa. Um não anula o outro, mas eles se atrapalham bastante. É um jogo equilibrado para poucos
QUE sou mais romântico em relação ao jornalismo do queria ser
QUE sei que um dia vou ter de abandoná-lo, na concepção que sonhei na fase pré-vestibular, se quiser ganhar dinheiro

5 comentários:

Erika disse...

Assino embaixo todas as suas conclusoes. Eh exatamente assim que enxergo o Jornalismo hoje! Talvez bastante influenciada por vc, eh claro...rs. Ah! To meio loira, mas nao me mata nao...rs. Beijinhos

Ana disse...

Agora parece até que li algo que veio de mim. Assim com a Erika assino embaixo. Sempre sinto vergonha quando releio meus textos...
Esse negócio de ser jornalista.

Maria Cristina disse...

Aí, tenho medo de chegar a fase do ganhar dinheiro ou ter paz, feriados e finais de semana livres muiiiito antes do que "deveria" querer.. kkk

Fábio Ramos disse...

Jornalismo não faz de ninguém um milionário, mas da para viver sem passar fome.

Lisandro Nogueira disse...

Rodrigo,

seu texto é de uma verdade impressionante. Você sempre foi um bom aluno. Agora é um bom profissional. Jornalismo é uma área (profissão) complicado e fascinante. Os melhores jornalistas não são aqueles que gostam somente do jornalismo: são aqueles que gostam da vida e do seu cotidiano - trágico e belo.
Parabéns,
Lisandro Nogueira