sábado, 26 de julho de 2008

How many roads

Hoje, Erika e eu pegamos a estrada. Para latitudes diferentes. Ela a norte de Goiânia e eu a sul.

É engraçado como corpos que vivem juntos, quase sempre, de repente se separem tão bruscamente. Às vezes me incomoda o quanto é corriqueiro.

Acontece não somente conosco, mas com objetos. Não é engraçado que a roupa que você tanto gostava e usava vá parar em um lixão a milhas, de uma hora para outra? Ou aquele seu amigo íntimo vá viver do outro lado do globo, amanhã?

Como dizem, o rio nunca pára e quando você entrar nele novamente, ele não será mais o mesmo. Conosco e nossas coisas também é assim, quando o caminho percorrido se refere ao tempo. O meu eu de agora não é o mesmo de quando comecei a escrever este texto.

Quando Erika voltar de São Jorge e eu, de Pires do Rio, ambos seremos outros, mesmo que imperceptivelmente, em uma escala micro. Agora imagine com aqueles que ficamos décadas sem ver? Me assusta.

Há uma beleza nisso. Mas também angústia.
. . . . .

Ao som de Tears and Rain, James Blunt.

2 comentários:

Sassine disse...

então eu estou no top 5? hehehehe.
estou sempre acompanhando seu blog.
um abraço e obrigado pelas palavras.

Anônimo disse...

Que lindo, amor...Essas mudanças também me assustam. Mas - desculpando aí a minha filosofia barata...rs - é mudando que a gente cresce tb. E sinto que isso está acontecendo com a gente, e com nossos amigos. Espero que continue assim. Ah! Realmente vou voltar diferente. Hoje quero fazer pintura indígena no corpo e dizem que demora uma semana para sair...rs. Agora vou escrever minha matéria. Pensei em vc ontem o tempo todo.Te amo muito!