domingo, 7 de dezembro de 2008

Ranking Livros - Parte 1 - Livros esforçados

Os livros a seguir são, digamos, frutos de uma literatura esforçada. Não são de todo mal, mas poderiam ser melhores. Nunca abandono um livro antes de terminá-lo, a não ser que seja insuportável. Não chega a ser o caso dessas obras:

↑ Bom
Coração Valoroso (Mariane Pearl e Sarah Crichton) - Livro-reportagem
Edição mais recente: 2004
Editora: Objetiva
Páginas: 280
Preço médio: R$ 35
Resumo: Em 2002, por cinco semanas, o mundo acompanhou o seqüestro e a morte do repórter do Wall Street Journal Daniel Pearl, no Paquistão. Coração Valoroso, escrito por sua mulher, a jornalista Mariane Pearl revela os motivos da presença do jornalista no país, a história de seu desaparecimento e os esforços para encontrá-lo.

Comentário: Dos três é o melhor, pois tem narrativa visceral. Também pudera: Mariane Pearl viveu o que conta. Isso pesa. Falta ritmo na abertura, mas depois a leitura deslacha. Pena que no Brasil, pela Objetiva, foi mal editado (há erros recorrentes no texto).

↔ Mediano
Jornalistas Literários (Vários autores)
- Reportagens
Edição mais recente: 2007
Editora: Summus Editorial
Páginas: 320
Preço médio: R$ 54
Resumo: Jornalismo e literatura são complementares. Os autores escrevem sobre vida cotidiana e imprimem impressões e informações. Textos temáticos e biográficos se intercalam, mostrando a riqueza cultural do País e personagens que, mesmo desconhecidos, comovem e encantam.

Comentário: O livro em si é bom. Falta, infelizmente, uniformidade. Há autores excelentes e outros esforçados. Há histórias soborosas. A edição está bem feita, mas seria melhor se algumas matérias (o livro é compostos de diversas reportagens) tivessem mais desenvolvidas e outras, reduzidas.

↓ Não gostei
O Caçador de Pipas (Khaled Hosseini) - Romance
Edição mais recente: 2006
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 368
Preço médio: R$ 35
Resumo: Amir e Hassan, dois meninos, vivem vidas diferentes no Afeganistão da década de 1970. Amir é rico e está sempre em busca da aprovação do pai. Hassan não sabe ler nem escrever e é conhecido pela coragem. Durante um campeonato de pipas, no inverno de 1975, Hassan dá a Amir a chance de ser bom, mas ele se redime. Amir vai para os Estados Unidos, fugindo da invasão soviética. Vinte anos depois volta para acertar contas com o passado

Comentário: Não há como não deixá-lo com o pior do ano. A trama é ingênua demais para o padrão alcançado pela literatura ocidental e a prosa é fraca. A história é bonitinha, mas não forte.


***
Acompanhe amanhã: os melhores livros do ano.

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Um comentário:

Deire Assis disse...

acho que tenho uma caidinha por tramas ingenuas (hehehehe).