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Com todo direito, óbvio, eles manifestam sua opinião de que as mudanças na ortografia do português são arbitrárias e, às vezes, incoerentes. Comentei o post de Zanin dizendo que o problema é que somos umbiguistas (clique aqui).
Por dois pontos: esquecemos que nossos pais e avós passaram por isso – muitos continuaram escrevendo de uma forma que hoje consideramos estranho – e que esquecemos que a língua é dinâmica
Zanin rebateu dizendo que a língua pertence aos seus falantes e não a um grupo hermético de gramáticos. Concordo. Mas também concordo que alguém tem de colocar ordem na casa.
Não sou defensor de Antônio Houaiss, um dos ícones que levaram à frente a reforma (aliás, sei muito pouco sobre sua orbra), mas não posso desqualificá-lo como um qualquer um que veio para bagunçar. Ele dedicou uma vida a estudar a língua.
Confesso que sou órfão do extinto trema. Tenho dificuldade de guardas as novas regras e não me agrada ler ideia sem acento. Mas – se é para unificar – aprovo. Não vou dar birrinha, me comportar com um conservador e empacar como uma mula velha.
Temos de aprender que nem tudo que é arbitrário é ruim. Convenção é convenção e pronto. Não escolhi me chamar Rodrigo. Escolheram por mim. Mas como não é algo que me atrapalha, simplesmente aceito.
Em nome da uniformidade é necessário ceder. Tenho certeza de que não será um hífen ou um acento que vai tirar o brilho de nossas ideias.
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