Passeando pelos blogs hoje, encontrei um post interessante do jornalista Luiz Zanin Oricchio. Profissional respeitável, ele deu voz à turma que estou chamando de conservadores de "idéia".
Com todo direito, óbvio, eles manifestam sua opinião de que as mudanças na ortografia do português são arbitrárias e, às vezes, incoerentes. Comentei o post de Zanin dizendo que o problema é que somos umbiguistas (clique aqui).
Por dois pontos: esquecemos que nossos pais e avós passaram por isso – muitos continuaram escrevendo de uma forma que hoje consideramos estranho – e que esquecemos que a língua é dinâmica
Zanin rebateu dizendo que a língua pertence aos seus falantes e não a um grupo hermético de gramáticos. Concordo. Mas também concordo que alguém tem de colocar ordem na casa.
Não sou defensor de Antônio Houaiss, um dos ícones que levaram à frente a reforma (aliás, sei muito pouco sobre sua orbra), mas não posso desqualificá-lo como um qualquer um que veio para bagunçar. Ele dedicou uma vida a estudar a língua.
Confesso que sou órfão do extinto trema. Tenho dificuldade de guardas as novas regras e não me agrada ler ideia sem acento. Mas – se é para unificar – aprovo. Não vou dar birrinha, me comportar com um conservador e empacar como uma mula velha.
Temos de aprender que nem tudo que é arbitrário é ruim. Convenção é convenção e pronto. Não escolhi me chamar Rodrigo. Escolheram por mim. Mas como não é algo que me atrapalha, simplesmente aceito.
Em nome da uniformidade é necessário ceder. Tenho certeza de que não será um hífen ou um acento que vai tirar o brilho de nossas ideias.
Redescoberta
Há 2 anos
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